Uma das formas existentes de realizar atividades físicas é a prática de esportes coletivos. O ensino tradicional da educação física é pautado na prática, sistematizada ou fracionada, das principais modalidades desportivas. As atividades contempladas variam de acordo com a região, obedecendo às questões estruturais, culturais, logísticas e de interesse da escola e dos escolares.
O voleibol é atualmente uma das atividades mais requisitadas no desenvolvimento das aulas de educação física nas escolas. A grande popularidade atingida pela modalidade fez com que a sua prática fosse intensificada, atraindo uma maior atenção dos alunos.
A educação física na escola é a disciplina que os alunos normalmente mais gostam, pois eles se sentem livre fora do ambiente de sala. Neste momento o professor pode propiciar além do aprendizado, descontração, interação, entre outros. Porém deve estar atento aos valores, para que todos aprendam a ter o espírito da cooperação, no qual um ajude o outro incentivando a cada vez mais melhorar o desempenho da equipe, pois o voleibol é um esporte com grande potencial para desenvolver a socialização e espírito coletivo em seus praticantes. O contato direto com o adversário não existe, o que permite a interação entre as pessoas de diferentes faixas etárias na mesma equipe.
Assim, entendemos que o voleibol no contexto escolar deve ser explorado não só no quesito procedimental, mas também nos aspectos conceituais e atitudinais. O aluno deve aprender além dos movimentos específicos. É interessante que o aluno tenha acesso às informações históricas da modalidade, suas alterações e a forma como isso ocorreu em nosso País, principalmente se levarmos em conta o papel que o voleibol hoje desempenha na sociedade brasileira, devido aos resultados alcançados nas mais diferentes competições. Uma boa parte das crianças e adolescentes só tem acesso à prática de alguma modalidade desportiva nas aulas de educação física escolar.
A fase de desenvolvimento de movimentos relacionados com o esporte tem seu início por volta dos oito anos de idade. Estes movimentos devem servir como uma ferramenta para combinar e refinar as habilidades fundamentais, que já foram trabalhadas em um período anterior e precisam ser estimuladas.
O desenvolvimento dessas habilidades deve acontecer de uma forma lúdica, através de atividades que façam com que a criança tenha prazer na prática da modalidade e se sinta atraída para conhecer mais a fundo as questões inerentes ao desporto. Além das habilidades motoras, o voleibol desenvolve noção espaço-temporal, determinando a coordenação precisa de uma ação externa para uma resposta motora satisfatória, fazendo com que o corpo responda e atenda á uma exigência externa. Essa complexidade de dominar o espaço-temporal só é possível com a construção de um espaço sensório-motor em conjunto aos progressos da percepção e da motricidade, ambas as características da aprendizagem
O voleibol escolar pode sim ser um elemento massificador da prática do esporte, à medida que oferece oportunidades a um número de alunos que não consegue ser atingido em nenhum outro programa de iniciação. Embora não seja o objetivo principal, o surgimento de valores que possam se tornar futuros jogadores de voleibol pode vir a reboque, sendo o voleibol escolar uma via em dois sentidos.
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