Em Barra do Corda, município maranhense de 90 mil habitantes a 460 km
de São Luís, três das seis escolas públicas do ensino médio estão
enfrentando um problema inédito: a pressão da lista de espera de alunos
pela matrícula. Enquanto isso, as escolas privadas da cidade lutam para
sobreviver.
Essa reviravolta recente se deve à melhoria do atendimento, da gestão
pedagógica e da qualidade do ensino da rede, que foi reforçada pelo
Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio (Pnem).
Desde que o
Pacto passou a trabalhar a formação continuada dos docentes desse nível
de ensino, os professores modernizaram suas práticas pedagógicas, as
aulas se tornaram mais estimulantes, os alunos ficaram mais motivados e a
boa fama das escolas se espalhou pela cidade.
“O Pacto trouxe uma sistematização do ensino e do estudo, com a
presença de coordenadores pedagógicos dentro das escolas, cadernos de
formação muito bons, o que provocou uma verdadeira mudança na postura e
no olhar dos professores e dos alunos”, diz Lindalva Maciel, professora
da Universidade Federal do Maranhão e coordenadora-geral do Pnem no
estado.
A mudança está atingindo todos os 217 municípios maranhenses. Segundo
a secretária estadual de Educação, Áurea Prazeres, a distorção
idade-série no Maranhão atinge assustadores 30%. Ao mesmo tempo, o
abandono e a reprovação, juntos, chegam a 25% dos 222 mil estudantes
matriculados do ensino médio. Mas, para ela, isso também vai mudar: “Com
certeza esses números vão diminuir, porque os alunos estão voltando
para o ensino médio”. Embora os dados definitivos só estejam disponíveis
no final deste ano, a secretária revela que, em 2015, houve um
crescimento de 20 mil novas matrículas nesse nível de ensino.
“Quando o Pacto chegou ao Maranhão fez toda a diferença porque, aqui
no estado, nunca houve uma política de formação continuada dos
professores do ensino médio”, diz Áurea. “O Pacto promoveu uma
mobilização e um entusiasmo nunca antes vividos na rede. Houve um efeito
direto na escola e nos alunos.”
Protagonismo – Para a coordenadora de formação
continuada da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação,
Mirna Araújo, um dos principais resultados do Pacto Nacional pelo
Fortalecimento do Ensino Médio foi que ele permitiu que os estudantes se
tornassem protagonistas do processo de aprendizagem. “Essa é a
estratégia pedagógica do Pnem: a de reconhecer e estimular o aluno como
participante ativo do processo, que toma a iniciativa de trabalhos na
escola e que traz a comunidade e seus saberes para dentro da escola, que
se transforma num espaço de ensino e cultura”, diz ela.
Na tarde desta terça-feira, 30, Mirna Araújo falou para cerca de 850
professores e profissionais de educação que estão participando, em São
Luís, do 3º Seminário Estadual de Formação Continuada no Âmbito do Pnem,
sobre os processos de gestão, controle e mobilização social no Pacto do
Ensino Médio. O encontro está acontecendo no Centro Pedagógico Paulo
Freire, da Universidade Federal do Maranhão, e prossegue até
quinta-feira, 2 de julho.
Estão programadas para esta quarta-feira, 1º de julho, quatro mesas,
que tratarão da organização do trabalho pedagógico no ensino médio na
perspectiva de reescrita do projeto político pedagógico na escola; do
processo formativo na escola mediado pelo gestor escolar e pelo
orientador de estudo; e da articulação entre conhecimentos das
diferentes disciplinas e áreas, a partir da realidade escolar, com foco
nas ciências humanas e da natureza.
Fonte : http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21435
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