Paulo Freire ficou mundialmente conhecido na década de 60, após desenvolver uma proposta revolucionária de alfabetização, que visava o processo de tomada de consciência, que fosse diretamente ligada à democratização da cultura e não uma alfabetização mecânica que impossibilitava o ser humano de ser mais
Freire publicou várias obras que ficaram conhecidas internacionalmente, entre as quais destacamos: Pedagogia do Oprimido, Educação libertadora, Educação como pratica da liberdade e A importância do ato de ler.
Embora suas reflexões e práticas no âmbito da educação tenham sido alvo de diversas críticas, é inegável sua grande contribuição na transformação no sistema educacional.
Suas primeiras experiências no campo educacional foram realizadas em 1962 no Rio Grande do Norte, onde 300 trabalhadores rurais se alfabetizaram em 45 dias. Foi militante e participou do MCP (Movimento de Cultura Popular) do Recife.
Em 1964, em meio a conflitos e empasses violentos pelo qual a nossa sociedade passava, Freire foi convidado pelo presidente João Goulart para coordenar o Programa Nacional de Alfabetização. Freire (1965) afirmava que, este esforço em busca de um projeto educativo não havia nascido do acaso, era uma tentativa de resposta aos desafios contidos nesta passagem na qual se via a sociedade.
Logo após o golpe militar o método de alfabetização de Paulo Freire foi considerado uma ameaça à ordem, pelos militares.
Paulo Freire foi preso, acusado de atividades subversivas, e viu-se obrigado a deixar o país exilando-se no Chile por 14 anos.
Ao retornar do exílio, Paulo Freire, continuou suas atividades de escritor e debatedor. Trabalhou em universidades e na Prefeitura de São Paulo, como Secretario Municipal de Educação no governo Luisa Erundina.
Paulo Freire veio a falecer no ano 1997 aos 76 anos de idade na cidade de São Paulo, vitima de infarto.
Contextualização da Educação como pática libertadora
Paulo Freire foi um intelectual, militante, político sempre confiava no povo. Praticava os conhecimentos que valorizava o homem, transformando valores, os educadores eram formados com a sabedoria popular.Nos anos 60, ficou mundialmente conhecido depois de desenvolver uma proposta revolucionária de alfabetização através da linguagem escrita a partir da realidade vivencial o educando, para transformar e compreender o mundo.
O trabalho de Freire sobre Educação como Prática da Liberdade teve experiências no Movimento de Cultura Popular do Recife, que levou ao amadurecimento de iniciar relações com proletários e subploretários como educador.No Círculo de Cultura eram feitos debates em grupo em busca de aclaramento das situações.Debatiam problemas como o “Nacionalismo”, “Remessa de lucros para o estrangeiro”, “Evolução política do Brasil”, “Desenvolvimento”, “Analfabetismo”, “Voto do Analfabeto”, “Democracia”. Os resultados eram surpreendentes. Não queria uma alfabetização mecânica, mas sim uma alfabetização em posição de tomada de consciência, que fosse diretamente ligada à democratização da cultura. Durante o regime militar, Paulo Freire foi preso, acusado de atividades subversivas, e viu-se obrigado a deixar o país. A ação da ditadura militar vai atingir em cheio a educação de Adultos, cindindo-a em dois caminhos quase totalmente paralelos e quase sempre postos: por um lado cria-se uma estrutura para a Educação de Adultos fortemente controlado pelo governo militar e seus aliados nos estados e municípios e, por outro lado, um movimento semi-clandestino, identificado com a Educação Popular como a entendemos hoje. Contudo, ainda assim faltava o estímulo com que Freire poderia evocar o interesse pelas palavras e sílabas em pessoas analfabetas. Foi a partir do desenvolvimento desse projeto que se começou a falar de um sistema de técnicas educacionais, o "Sistema Paulo Freire", que podia ser aplicado em todos os graus da educação formal e da não-formal.
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