Nossa primeira dica de hoje é sobre o emprego do verbo FAZER nas orações que informam o tempo transcorrido. Por exemplo, você diz
Faz duas semanas que ele partiu...
OU
Fazem duas semanas que ele partiu?
OU
Fazem duas semanas que ele partiu?
Ficou em dúvida? Então anote aí: o correto é FAZ duas semanas que ele partiu.
Sabe por quê? Quando o verbo FAZER se refere a tempo transcorrido, ele é impessoal. Ou seja, ele não tem sujeito com quem concordar e então deve ser empregado sempre no singular.
Por isso, devemos dizer: faz 20 anos que o conheço/ Fazia três anos que ele não tirava férias.
Vou dificultar um pouquinho: o certo é: vai fazer OU vão fazer dois meses que ele viajou?
O correto é, VAI FAZER, pois como o verbo FAZER pertence a uma locução verbal (VAI + FAZER) e é o verbo principal da locução, ele transmite sua impessoalidade ao verbo auxiliar que deve ficar no singular.
Ela mesmo ou ela mesma?
É muito comum as pessoas ficarem em dúvida na hora de usar o pronome MESMO. Será que o certo é:
Ela mesmA ou ela mesmO me convidou para jantar?
Ela mesmA ou ela mesmO me convidou para jantar?
Para dar um fim definitivo na sua dúvida, basta lembrar que quando a palavra MESMO tiver o sentido de PRÓPRIO, ela deve concordar em gênero e número com a palavra a que faz referência.
Assim, o correto é dizer: ela MESMA me convidou para jantar, pois podemos dizer: ela PRÓPRIA me convidou para jantar.
A palavra MESMO é invariável quando significa “até, inclusive”: MESMO a professora errou aquela questão; MESMO os diretores não vieram à reunião.
Agora, CUIDADO com a palavra MENOS! Pois ela é sempre invariável. Ou seja, a palavra MENAS NÃO EXISTE!
Jamais diga: Havia "menas" pessoas na festa deste ano que do ano passado. O certo é: Havia MENOS pessoas...
Como é que se fala?
Agora vamos observar algumas palavras que sempre nos deixam em dúvida na hora de falar.
Por exemplo, você fala que o bolo está RUim ou que o bolo está ruIM?
Ficou em dúvida? Então grave a pronúncia oficial. Devemos dizer: ruIM. Com a última sílaba forte assim como cupim, amendoim, jardim...
Conheça, agora, outras palavras que também apresentam a última sílaba forte e que podem nos deixar em dúvida na hora de falar.
Diga: esta é uma questão suTIL.
Nenhum brasileiro ganhou o prêmio NoBEL de literatura.
Nenhum brasileiro ganhou o prêmio NoBEL de literatura.
Mas as campeãs da pronúncia indevida são aquelas que apresentam a penúltima sílaba forte.
Por exemplo, você sabia que a forma oficial, aquela que está registrada em nossos dicionários, é reCORde e não RÉcorde? Embora muito jornalista diga na TV que o atleta bateu um RÉcorde, o oficial é dizer que ele bateu um reCORde.
Outra palavra muito maltratada é a famosa RUBRICA, que muita gente insiste em pronunciar “rúbrica”.
Diga: vou colocar minha RUBRICA no contrato.
Também existem palavras que apresentam mais de uma pronúncia aceita, como acróbata e acrobata, biótipo e biotipo, boêmia e boemia, xérox e xerox, necrópsia e necropsia...
Ela se maquia ou ela se maqueia?
Você já notou como alguns verbos sempre nos deixam em dúvida?
Por exemplo, você diria que: ela se maquia ou se maqueia?
O correto, nesse caso, é maqUIA.
Assim como maquiar, os verbos regulares terminados em IAR, como, VARIAR, PREMIAR, NEGOCIAR... não apresentam a letra "e" na terminação.
Assim, diga: maquia / varia / premia / negocia...
Mas há exceções: os verbos MEDIAR, ANSIAR, REMEDIAR, INCENDIAR E ODIAR terminam em IAR, mas, quando flexionados, acrescentam a letra "e", formando um ditongo “ei”.
Devemos dizer: ele medeia / anseia / remedeia / incendeia / odeia
Para ajudar a memorizar esses cinco verbos irregulares, guarde que, se juntarmos as letras iniciais de todos eles, temos a palavra MÁRIO Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar, Odiar.
por- Sérgio Nogueira
Fonte: http://g1.globo.com/educacao/blog/dicas-de-portugues/1.html
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