#2017MOC50Anos#PorumSertãoJusto
A “bonanza” carro símbolo do MOC logo atrás do carro de som, seguida por carros particulares e vans com suas buzinas extravagantes, juntos percorreram com os sujeitos do MOC – homens e mulheres do campo, crianças e adolescentes, grupos de produção, agricultores/as familiares, profissionais de ensino, movimentos sociais e comunicadores comunitários - várias ruas do município de Conceição do Coité com muita alegria, fogos de artifício e o entusiasmo que tomou conta dos participantes e, principalmente, das pessoas que de suas casas e lojas acenavam em sinal de apoio à Caravana.
“A Caravana em Coite, está linda! Me arrepiei vendo os carros em filas e o povo do comércio olhando, foguete no céu tocando, o sol alumiando e alegria na alma! Viva o povo do sertão!!”,declarava emocionada Bernadete Carneiro, técnica do MOC representando todo o sentimento da equipe.
O sol brilhava insistentemente no céu durante todo o percurso que iniciou por volta das 14:00h, com concentração no campus XIV da UNEB, onde pela manhã aconteceu a abertura do evento, oficinas e seminários, e seguiu pelas principais avenidas da cidade encerrando no Centro Cultural local. Um stand institucional e grupos de empreendimentos econômicos solidários já aguardavam a comitiva com a exposição dos seus produtos.
O encerramento da itinerância da Caravana em Coité também aconteceu ali com um “talk show” ou como costumamos chamar de “conversação conversada” com a abertura feita pelo diretor do MOC Jorge Nery e com as boas vindas da vice-prefeita Genivalda Pinto. A coordenadora pedagógica do MOC, Vandalva Oliveira facilitou a prosa com os sujeitos do MOC que falaram de como a história de ação da instituição que agora celebra 50 anos contribuiu para mudar a história das suas vidas.
Colcha de retalhos
Mulheres em diferentes espaços na plateia gritaram palavras de ordem enquanto outras cantavam e conduziam ao palco um estandarte confeccionado por elas mesmas em homenagem ao aniversário da instituição. Hiolanny Viola em canto e cordel contou sua história junto ao MOC, e de sua mãe sua grande incentivadora e educadora do Projeto CAT/Baú de Leitura, deixando o público emocionado. “Daqui eu não saio, daqui ninguém me tira. O Sertão é minha casa, meu orgulho, terra querida”, dizia o refrão de sua música.
“Não falar do MOC no processo da Comunicação Comunitária no Território do Sisal é negar grande parte da história”, declarou o comunicador Edisvânio Nascimento. Com samba de roda e poesia, Suely Almeida representou os empreendimentos econômicos solidários e falou do MOC relacionando parceria, fé e empoderamento, seguida por jovens multiplicadores de vínculos que trataram sobre direitos.
Empoderamento, quebra de submissão, enfrentamento à violência contra as mulheres, também foram termos trazidos em sua fala por Eliane de Souza, que começou seu caminhar junto ao MOC como “Agente de Família” e em movimentos sindicais há 21 anos. Representando às crianças, Vanessa Lopes, da comunidade de Serrote falou da sua experiência enquanto integrante do Projeto Parceiros por um Sertão Justo há seis anos e o quanto já aprendeu sobre seus direitos.
“Meu primeiro contato com o MOC foi em 2011 como educadora do campo e é assim que gosto de ser apresentada. Sou graduada e tenho algumas pós, mas em nenhum lugar aprendi mais do que nessa universidade chamada MOC.”, declarou a coordenadora pedagógica Fabiane Pinto Oliveira, acrescentando: “O MOC me ensinou a enxergar pessoas como gente, gente que é produtora de conhecimento. Ouvir de uma aluna que tem uma coisa para nos ensinar, nos mostra que ela também é produtora do conhecimento, que não estamos fazendo da educação do campo uma cópia mal feita da escola urbana”, disse.
Como ressaltava Vandalva, a “colcha de retalhos” com histórias das pessoas que constroem o MOC ia sendo tecida e o público se emocionava cada vez mais com os depoimentos. “Para mim é um desafio assumir na minha vida que só tenho a 4ª série, mas com muita autoestima e ousadia digo que minha faculdade é o MOC. Foi ele que me ensinou a ocupar espaços. Hoje estou em ocupação nacional, ocupação estadual porque o MOC me ensinou a ocupar todos os espaços que tenho direitos. Se todas as organizações pensassem bem deveriam ter uma placa na entrada dizendo ‘Bem vindo MOC, o MOC contribuiu aqui”, ressaltou com emoção Maria Eliana de Souza, diretora do Sindicato dos Trabalhadores/as da Agricultura Familiar de Coité que representou ali todos os movimentos sociais da cidade. Eliana ainda destacou a contribuição do MOC nos anos de luta da classe trabalhadora e na formação para políticas públicas.
Algumas pessoas e instituições que estavam na plenária também se manifestaram e disseram como a história de ação do MOC contribuiu para mudar suas vidas. “A história do MOC é uma história tecida de muitas redes humanas”, concluiu Vandalva encerrando o evento.
A Caravana MOC 50 Anos já percorreu quatro municípios e mais cinco estão previstos. Araci, Nova Fátima e Riachão do Jacuípe serão visitados respectivamente nos dias 04, 14 e 26 de julho próximo. Santaluz e Retirolândia receberão a Caravana em agosto e a culminância com ato celebrativo acontecerá em Feira de Santana, nos dias 28 e 29 de setembro, data do aniversário de meio centenário da instituição.
Por:Maria José EstevesJornalista/Orientadora EducacionalPrograma de Comunicação do MOC
“A Caravana em Coite, está linda! Me arrepiei vendo os carros em filas e o povo do comércio olhando, foguete no céu tocando, o sol alumiando e alegria na alma! Viva o povo do sertão!!”,declarava emocionada Bernadete Carneiro, técnica do MOC representando todo o sentimento da equipe.
O sol brilhava insistentemente no céu durante todo o percurso que iniciou por volta das 14:00h, com concentração no campus XIV da UNEB, onde pela manhã aconteceu a abertura do evento, oficinas e seminários, e seguiu pelas principais avenidas da cidade encerrando no Centro Cultural local. Um stand institucional e grupos de empreendimentos econômicos solidários já aguardavam a comitiva com a exposição dos seus produtos.
O encerramento da itinerância da Caravana em Coité também aconteceu ali com um “talk show” ou como costumamos chamar de “conversação conversada” com a abertura feita pelo diretor do MOC Jorge Nery e com as boas vindas da vice-prefeita Genivalda Pinto. A coordenadora pedagógica do MOC, Vandalva Oliveira facilitou a prosa com os sujeitos do MOC que falaram de como a história de ação da instituição que agora celebra 50 anos contribuiu para mudar a história das suas vidas.
Colcha de retalhos
Mulheres em diferentes espaços na plateia gritaram palavras de ordem enquanto outras cantavam e conduziam ao palco um estandarte confeccionado por elas mesmas em homenagem ao aniversário da instituição. Hiolanny Viola em canto e cordel contou sua história junto ao MOC, e de sua mãe sua grande incentivadora e educadora do Projeto CAT/Baú de Leitura, deixando o público emocionado. “Daqui eu não saio, daqui ninguém me tira. O Sertão é minha casa, meu orgulho, terra querida”, dizia o refrão de sua música.
“Não falar do MOC no processo da Comunicação Comunitária no Território do Sisal é negar grande parte da história”, declarou o comunicador Edisvânio Nascimento. Com samba de roda e poesia, Suely Almeida representou os empreendimentos econômicos solidários e falou do MOC relacionando parceria, fé e empoderamento, seguida por jovens multiplicadores de vínculos que trataram sobre direitos.
Empoderamento, quebra de submissão, enfrentamento à violência contra as mulheres, também foram termos trazidos em sua fala por Eliane de Souza, que começou seu caminhar junto ao MOC como “Agente de Família” e em movimentos sindicais há 21 anos. Representando às crianças, Vanessa Lopes, da comunidade de Serrote falou da sua experiência enquanto integrante do Projeto Parceiros por um Sertão Justo há seis anos e o quanto já aprendeu sobre seus direitos.
“Meu primeiro contato com o MOC foi em 2011 como educadora do campo e é assim que gosto de ser apresentada. Sou graduada e tenho algumas pós, mas em nenhum lugar aprendi mais do que nessa universidade chamada MOC.”, declarou a coordenadora pedagógica Fabiane Pinto Oliveira, acrescentando: “O MOC me ensinou a enxergar pessoas como gente, gente que é produtora de conhecimento. Ouvir de uma aluna que tem uma coisa para nos ensinar, nos mostra que ela também é produtora do conhecimento, que não estamos fazendo da educação do campo uma cópia mal feita da escola urbana”, disse.
Como ressaltava Vandalva, a “colcha de retalhos” com histórias das pessoas que constroem o MOC ia sendo tecida e o público se emocionava cada vez mais com os depoimentos. “Para mim é um desafio assumir na minha vida que só tenho a 4ª série, mas com muita autoestima e ousadia digo que minha faculdade é o MOC. Foi ele que me ensinou a ocupar espaços. Hoje estou em ocupação nacional, ocupação estadual porque o MOC me ensinou a ocupar todos os espaços que tenho direitos. Se todas as organizações pensassem bem deveriam ter uma placa na entrada dizendo ‘Bem vindo MOC, o MOC contribuiu aqui”, ressaltou com emoção Maria Eliana de Souza, diretora do Sindicato dos Trabalhadores/as da Agricultura Familiar de Coité que representou ali todos os movimentos sociais da cidade. Eliana ainda destacou a contribuição do MOC nos anos de luta da classe trabalhadora e na formação para políticas públicas.
Algumas pessoas e instituições que estavam na plenária também se manifestaram e disseram como a história de ação do MOC contribuiu para mudar suas vidas. “A história do MOC é uma história tecida de muitas redes humanas”, concluiu Vandalva encerrando o evento.
A Caravana MOC 50 Anos já percorreu quatro municípios e mais cinco estão previstos. Araci, Nova Fátima e Riachão do Jacuípe serão visitados respectivamente nos dias 04, 14 e 26 de julho próximo. Santaluz e Retirolândia receberão a Caravana em agosto e a culminância com ato celebrativo acontecerá em Feira de Santana, nos dias 28 e 29 de setembro, data do aniversário de meio centenário da instituição.
Por:Maria José EstevesJornalista/Orientadora EducacionalPrograma de Comunicação do MOC
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